Ah, o amor!

Amar é um trem tão doido, que só os loucos e as loucas têm a permissão de amar. E a razão é simples. Não existe razão no amor. Amar é amar e ponto. 

Pensa comigo. É possível juntar todas as letras, pontos, vírgulas, exclamações, ponto e vírgulas, jogar numa caixa, fechar e escrever em letras garrafais: O AMOR É ISSO?   

Por Adriana Bernardes

O amor não cabe em caixas; nem nos livros; o amor não se mede, não se prende nem mesmo em pensamento. Amor se sente e cada um sente de um jeito e de jeitos diferentes, dependendo do dia, da lua, da posição do sol. 

Tenho pra mim que o tal amor é efêmero como as nuvens do inverno no céu de Brasília e eterno como os diamantes. Contraditório? Claro! Impossível? De jeito nenhum! Vou fazer um desafio e quem se sentir à vontade pode me contar nos comentários o resultado da experiência. 

Quando estiver com alguém e o amor te inundar como as ondas do mar quentinho da Bahia. Não faça nada.

Neste exato momento, a sensação de completude e realização se fará fugaz como quando se tenta tocar a neblina. Ou quando você caminha pela rua, sente o seu perfume favorito, olha em volta, fecha os olhos, tenta prolongar aquela sensação de bem-estar e putf! Cadê? E você tenta rebobinar o tempo como se fazia com as fitas cassetes (quem nasceu no fim dos anos 80, clica aqui para entender).


Sabe quando o seu amor deita no seu peito, você sente o cheiro, o cabelo macio, a pele quentinha, fecha os olhos e o mundo pára? Tente (na verdade, não tente) mensurar esse amor. Ele escapará como grãos de areia escorrendo pelos dedos. 

Amar é, em algum momento, sinônimo de plenitude. É vagar no espaço de olhos fechados e coração aberto (sem medo); é deixar o sol se pôr sem lamentar a escuridão que vem depois; é contemplar a lua cheia no horizonte e saber que minutos depois, ela ficará miúda e, nem por isso, menos bela. Só miúda, para ciclos depois, surgir enorme no horizonte.

Amar é saber que o amor está em todo lugar e em lugar algum. Amar é como surfar uma onda gigante do Havaí ou rodopiar com lobos por aí. Ou deitar na rede numa tarde preguiçosa de domingo.     

E aí, amar é ou não é um trem pra gente doida varrida? 

Crédito da imagem: Pinterest.

(Não) Diário de uma pandemia. 

Comentários

  1. Boa noite! O amor é maluquisse na cabeça e no coração, tô maluco kkkkk

    ResponderExcluir
  2. Respostas
    1. Grande Cládio Marcos! Obrigada meu amigo! Sentir, sentir e sentir.

      Excluir
  3. Que dom com as palavras! 👏👏👏

    ResponderExcluir
  4. O amor é como deslizar pelas dunas gigantes do paraíso dos Lençóis Maranhenses até afundar nas águas friazinhas das lagoas. O amor, pra mim,tem sensação assim. É desse jeitinho.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que delícia!!!!! Um dia ainda vou lá no seu querido Maranhão!

      Excluir
  5. Amar é ... quem é da de década de 80 lembra dessa brincadeira . Colecionei por anos bloquinho de papel para escrever de cartas que vinha com citações do amar é... A gente escrevia cartas e postava no correio cartas de amor, acredita nisso? Tempo que a gente colava flores e fazia desenhos nas dedicatórias para o nosso amor. Eu e o meu amor escrevíamos pequenos poemas e espalhávamos pela casa. Alguns eram pintados nas paredes enquanto nos embriagávamos com o gosto doce do amor que bebíamos de manhã e até de madrugada. Na verdade, não tínhamos hora para amar e ser amado. Todo segundo era uma eternidade. Ah, o amor ...

    ResponderExcluir
  6. Amar é ... quem é da de década de 80 lembra dessa brincadeira . Colecionei por anos bloquinho de papel para escrever de cartas que vinha com citações do amar é... A gente escrevia cartas e postava no correio cartas de amor, acredita nisso? Tempo que a gente colava flores e fazia desenhos nas dedicatórias para o nosso amor. Eu e o meu amor escrevíamos pequenos poemas e espalhávamos pela casa. Alguns eram pintados nas paredes enquanto nos embriagávamos com o gosto doce do amor que bebíamos de manhã e até de madrugada. Na verdade, não tínhamos hora para amar e ser amado. Todo segundo era uma eternidade. Ah, o amor ...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tânia, não tive a coleção Amar é. Mas tive papel de carta simples e perfumado. Escrevi muitas poesias e letras de músicas neles. Que linda sua história de amor! Seu relato me encheu de alegria. Muito obrigada por compartilhar!

      Excluir
  7. QUE LINDO ADRIANA.. VOCE DISSE TUDO O QUE EU DIRIA E MELHOR..AMAR E TALVEZ A MAIOR DÁDIVA DE DEUS PARA O SER HUMANO. AMO VOCÊ ADRIANA

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Cosete!!! Que bom te ver por aqui. Obrigada pelo carinho, querida! Você é uma mulher incrível!!!

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas