Viver com leveza é preciso, apesar da pandemia
Por Adriana Bernardes
A primeira, otimista: "Devemos ficar em home office até meados de abril". Abril se aproximava e o cenário só piorando. O calendário não precisou chegar no mês quatro para que entendêssemos que a situação ia piorar.
Antes mesmo do fim de abril entramos na segunda fase: a angústia, a tristeza e o medo de, mesmo respeitando rigorosamente as normas sanitárias, fôssemos contaminados no mercado, na farmácia ou no consultório médico.
"Em junho, isso acaba!". Esta foi a terceira fase e o que aconteceu? Os casos de contágio e óbitos continuaram a subir. Em julho, explodiram. E nós quatro, no isolamento social.
E agora, cá estamos, na segunda quinzena de agosto e com ela, a quarta fase: "O cenário só deve mudar lá pro fim de dezembro, quem sabe meados de fevereiro de 2021".
Certamente estamos mais próximos de entender o significado dessa tal resiliência. Estamos adaptados à rotina (antes) impensável de trabalhar (muito mais no home office), cuidar da casa e das crianças. Nos encaixamos até mesmo na enlouquecedora educação à distância. Mergulhamos na jardinagem e, recentemente, arriscamos uma horta. Fim de semana plantamos as mudas tomate cereja, alface e rúcula semeadas há cerca de 20 dias. Nascer elas nasceram. Se vão sobreviver, é outra história!
Treta com beija-flores, pardais e bem-te-vis
E não para por aí. Nossos 60 metros quadrados agora comportam uma barraca (grande) e uma piscina de plástico (280 litros). Fim de semana passado, entramos os quatro nela e passamos parte da tarde, ele na cerveja, eu no vinho, as crianças no picolé. Sim, molhou a sala toda. A mesa foi deslocada e ficou impossível sair para botar o lixo pra fora. Mas gargalhamos, brincamos, mandamos fotos para os grupos das famílias, alguns amigos e, quando nos demos conta, passava das 16h30 e não tínhamos almoçado ainda.
Com a vida se arrastando há cinco meses, uma coisa fica evidente: chegar lá importa. Mas como percorremos o caminho é mais importante ainda. Certamente não tem sido como gostaríamos. Mas é o que tem pra hoje. E hoje, eu vou fazer o possível para ter o melhor dia de todos até agora. E você, o que tem feito para suavizar a sua jornada? Compartilhe comigo nos comentários.
* Quem está sempre por aqui, sabe que este é um (não) diário.
Crédito das imagens: Pinterest.
Prima tenho feito muito croche,desenhos com as crianças e o que mais o meu quintal oferecer ! Todos os dias ele me traz bentivis pardais e as bombinhas que fazem os seus ninhos no meu pé de acerola . E a noite.....agente se assenta no escuro para ver o céu.
ResponderExcluirQue delícia!!!!! Crochê não dou conta, machuca meus dedos. Mas estou pensando em voltar a fazer ponto cruz. E ver o céu..... ah, é uma das melhores coisas da vida! Cuidem-se, Lu!
Excluirmeus parabéns Adriana, vc vez da forma correta, os néctares são idéias e necessários para os beija-flor. Tem gente que coloca açúcar na água para oferecer aos beija-flor, mas faz mal aos passarinhos
ResponderExcluirOie, obrigada! Nos preparamos para recebê-los mais de perto. Só não contávamos com as tretas. beija-flores contra o resto. O resto contra as abelhas-araças. Mas continuam todos por aqui. Um abraço!
ExcluirVirei ciclista 🚴🏿♀️ 😂💪🏼🚴🏿♀️💨 Adoro os seus textos e, claro, você! 😘❤️
ResponderExcluirQue delícia, amiga!!!! Minha bike está aposentada. Quem sabe isso muda né? Saudades e se cuidem por aí!
ExcluirNooossa, inspiradora Adriana... impossível não ficar imensamente tocada com a crônica, com os beija-flores, suas asas coloridas e bicos doces. Impossível também não desenhar mentalmente esse cenário de amor e alegria em família em tempo de longa pandemia. Essa foi, com certeza, a sua crônica que mais me encantou... Parabéns pelo texto, criatividade e riqueza de sentimentos!!!
ResponderExcluirQue depoimento lindo!!!!! Muito obrigada! Sigamos todos com coragem. Uma hora esse horror passa. O desafio de todos nós é construir, em meio a isso tudo, memórias afetivas de amor e leveza! Que Deus nos dê sabedoria e força para conseguir! Um grande abraço! (Me conte seu nome. Por aqui aparece Unknown)
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